terça-feira, 12 de novembro de 2013

A DROGA DA DROGA


Amigos,


Estarei abordando um tema atual, extremamente polêmico e grave. Vou apresentar uma série de textos sobre DROGAS, intitulando-os de “A DROGA DA DROGA”. Deixo claro que tais textos refletem o meu ponto de vista sobre o assunto e gostaria que os amigos fizessem suas críticas e me ajudassem nesta empreitada. Nosso objetivo é ajudar na “conscientização das pessoas” da extensão do problema em nossa sociedade e da situação de alto risco para cada um de nós, de nossos familiares, amigos e toda a sociedade. Agradeço a colaboração de todos!

A DROGA DA DROGA – PARTE I

A mídia diária não cansa de publicar notícias tristes envolvendo fatos que ocorrem em consequência do uso das drogas em todas as camadas sociais. É triste ver crianças e adultos submetidos a todo tipo de sofrimento em razão do desastre do vício e do seu envolvimento na comercialização desses produtos. É mais difícil ainda ver famílias inteiras com o sofrimento estampado no rosto em razão da luta diária com um parente que se deixou levar pelo vício (nem sei se ele se deixou levar pelo vício ou se todos nós estamos contribuindo para esse acontecimento).

Já ouvimos falar de tudo um pouco, mãe que acorrenta filhos em casa para que não saia à procura de alguma espécie de droga ou não seja morto na rua pelos “anjos do mal” que a comercializam. A verdade é que não adianta fecharmos os olhos à realidade existente. É um assunto evitado por muitos, mas “pelo tamanho da desgraça” que causa no meio social, deveria ser mais e mais discutido em todos os meios, da forma mais direta e clara possível.

O poder público, por sua vez, é omisso e não trata o assunto como um grave problema de saúde pública. Não existe um trabalho preventivo que possa ser intitulado “sério” nem no âmbito familiar nem nas escolas desse País, não existem centros de saúde especializados no tratamento e recuperação desses doentes, não existe vontade política dos representantes do povo nos poderes legislativo, judiciário e executivo. A maioria dos centros especializados no tratamento dessa doença que existem por aí é da iniciativa de pessoas que querem evitar um dano maior, com pouco ou nenhum apoio do poder público.

A DROGA DA DROGA - PARTE II

Nos anos de convivência diária com pessoas de todas as classes sociais, tenho tido a oportunidade de presenciar e até conviver de perto com os “doentes da droga”. É duro presenciar um parente, amigo e até colega de profissão atolado no mundo da fissura total, de forma a retirar de sua casa ou da de parentes a “última vasilha da cozinha” para trocar por aí por uma porção qualquer dessa porcaria. Pior ainda é ver esses doentes furtando, assaltando e matando por qualquer quantia que lhe permita adquirir uma porção qualquer daquilo que lhe dará uns minutinhos a mais da “loucura total”.

Massacres, guerra de quadrilhas, domínio de bairros inteiros e até cidades pelos “comerciantes da desgraça alheia”, está se intensificando por todos os lados e todos os dias, de forma assustadora e vergonhosa. A ação do Estado diante desses problemas é tímida e desarticulada, chegando ao ponto de qualquer operação onde se apreende algumas gramas de cocaína ou um fora da lei do ramo, tornar-se motivo de grandes e insistentes manchetes em todos os meios de comunicação desse País.

Pior é ver que os especialistas no comércio do ramo, cada vez mais organizados e desafiando as autoridades, recrutam menores para utilizá-los no negócio, de forma que os “grandes” raramente são envolvidos ou apareçam para acertar as suas contas com a justiça.

A legislação brasileira, muito branda, principalmente com os menores envolvidos e muito suave com os adultos que comandam, estimula, sobremaneira, o crescimento do negócio de forma assustadora e violenta. E pior, cada vez mais, temos notícias do envolvimento de autoridades que deveriam estar protegendo a população, participando desse negócio nojento e sujo e que cresce de forma avassaladora.

Odilon Euzébio.